Timor
Ouvi hoje na Antena 1 que o nosso contingente em Timor está de regresso a Portugal e recuei alguns anos atrás na minha memória.
Timor foi sempre uma das causas pelas quais batalhei bastante dentro das minhas possibilidades.
Andei nas manifestações, fiz minutos de silêncio, marchas silenciosas, decorei o carro e as janelas de minha casa com palavras de ordem, fiz vigilias na Embaixada dos E.U.A., chorei a morte de amigos no terreno, emocionei-me, enervei-me e saltei de alegria no dia em que Timor foi proclamado Independente.
Hoje, ao ouvir a notícia, não consegui evitar a lágrima no canto do olho, num misto de alegria e de alguma apreensão.
Alegria porque o regresso do nosso contingente significa (esperemos!) que tudo começa a entrar nos carris naquele País tão abençoado pela Natureza, que podem, agora, caminhar sobre os próprios pés e erguer o País com as próprias mãos.
Apreensão porque, segundo ouvi, os Portugueses lá instalados eram uma boa fonte de rendimentos para o comércio local, para além da segurança que, com toda a certeza, transmitiam aos timorenses. Se assim não fosse, com certeza, não os tratariam com o carinho que os meus amigos que por lá estiveram me retrataram.
E apreensão também porque não sei até que ponto o País se aguentará sem a ONU e até que ponto não haverá um flashback indonésio. Quem fez o que fez durante tanto ano...
Que os Deuses não o permitam. Que os Deuses lhes dêem toda a força do Universo para remarem contra uma maré tão adversa.
Que o Remar Remar seja o Hino interior de cada Timorense!
Timor foi sempre uma das causas pelas quais batalhei bastante dentro das minhas possibilidades.
Andei nas manifestações, fiz minutos de silêncio, marchas silenciosas, decorei o carro e as janelas de minha casa com palavras de ordem, fiz vigilias na Embaixada dos E.U.A., chorei a morte de amigos no terreno, emocionei-me, enervei-me e saltei de alegria no dia em que Timor foi proclamado Independente.
Hoje, ao ouvir a notícia, não consegui evitar a lágrima no canto do olho, num misto de alegria e de alguma apreensão.
Alegria porque o regresso do nosso contingente significa (esperemos!) que tudo começa a entrar nos carris naquele País tão abençoado pela Natureza, que podem, agora, caminhar sobre os próprios pés e erguer o País com as próprias mãos.
Apreensão porque, segundo ouvi, os Portugueses lá instalados eram uma boa fonte de rendimentos para o comércio local, para além da segurança que, com toda a certeza, transmitiam aos timorenses. Se assim não fosse, com certeza, não os tratariam com o carinho que os meus amigos que por lá estiveram me retrataram.
E apreensão também porque não sei até que ponto o País se aguentará sem a ONU e até que ponto não haverá um flashback indonésio. Quem fez o que fez durante tanto ano...
Que os Deuses não o permitam. Que os Deuses lhes dêem toda a força do Universo para remarem contra uma maré tão adversa.
Que o Remar Remar seja o Hino interior de cada Timorense!
<$BlogItemCommentCount$> pacotinhos:
Esperemos que Timor não ceda à corrupção e não se transforme numa Angola...
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